São frequentes na infância entre os 3 e 8 anos, habitualmente são transitórios e desaparecem antes da adolescência. Em determinadas ocasiões devem-se a alguma doença ou febre elevada. Os pesadelos costumam surgir na segunda metade da noite e são sonhos que produzem medo, terror ou angústia. A criança costuma acordar e lembrar-se do que estava a sonhar (perseguições, fantasmas, monstros). Podem ser provocados por contos de terror, pelos programas violentos de televisão ou cinema e também por situações que criam ansiedade.
Os terrores noturnos são episódios de despertar brusco nos quais encontramos a criança sentada na cama gritando ou a chorar com grande angústia. A criança não está completamente desperta e não reconhece ninguém. Se se consegue despertá-la, não sabe o que ocorreu. Também não se recordará de nada de manhã. Os terrores produzem-se durante as primeiras 3-4 horas de sono. Costumam associar-se a períodos de stress ou tensão emocional.
Como lidar com isso?
Não se preocupe; estes transtornos costumam desaparecer com o crescimento da criança;
A criança não deve ver programas e filmes violentos ou que a assustem;
Não lhe dê bebidas com cafeína (coca-cola, ice-tea);
Deite a criança sempre à mesma hora para que seja possível ela dormir o número suficiente de horas;
Mantenha uma rotina diária todas as noites ao deitar, por exemplo: fazer xixi, pôr a criança na cama, contar uma história ou manter uma conversa curta, dar as boas noites e despedir-se, apagar a luz e sair do quarto. Em alguns casos pode deixar uma luz débil acesa ou a porta do quarto aberta;
Não administre medicamentos para dormir à criança, que não sejam prescritos pelo médico dela;
Se tem pesadelos, tranquilize-a, fale-lhe com voz calma, dê-lhe segurança. Fique com ela até que esteja mais calma;
Se tem terrores noturnos não a acorde. Tranquilize-a com frases simples e deite-a com cuidado, sem brusquidão.
Quando consultar o seu médico de família?
Se os pesadelos são diários durante mais de 1 semana ou impedem a criança de descansar bem durante a noite;
Se os terrores noturnos são muito frequentes ou não desaparecem na adolescência;
Se nota alterações do comportamento da criança durante o dia.