O Sonambulismo é caracterizado como uma doença do sono, que é mais comum nos rapazes, com tendência familiar, que pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais frequente nos cinco/seis anos e desaparece na adolescência. Poderá permanecer até a idade adulta, mas não se associa a nenhum problema psiquiátrico.
Esta perturbação é mais comum em crianças com apneia do sono e nas que molham a cama durante a noite. Por norma tem ínicio uma hora após o inicio do sono e só acontece uma vez por noite.
O sonâmbulo raramente se lembra do sucedido e caminha pela casa de um modo ordenado, mas insconsciente, o que poderá causar acidentes, como por exemplo, cair pelas escadas. Por norma o sonâmbulo não é agressivo, mas poderá o ser se for contrariado.
O sonambulismo poderá ser causado pela toma de algumas medicações e pode se agravar com a febre, a privação do sono, a ansiedade, o excesso de exercício físico. O sonambulismo tende a ocorrer na fase do sono profundo, logo no ínicio do ciclo e poderá demorar segundos como serem mais prolongados.
Os sonâmbulos sentem-se e olham como estivessem a acordados, mas a realidade é que estão a dormir, podem mesmo levantar-se e caminhar ou desenvolver atividades complexas, como por exemplo deslocar móveis, ir à casa de banho, vestirem-se ou despirem-se. Se não forem perturbados voltam a adormecer na sua cama ou não.
Alguns dos sinais que caracterizam esta doença é um comportamento confuso ou desorientado ao acordar, com um olhar vazio, o abrir os olhos durante o sono, a ausência de memória ao acordar ou mesmo falar durante o sono com um discurso incoerente.
Para o seu diagnóstico é necessário testes especiais e se o espisódios de sonambulismos forem frequentes deverá ser realizada uma avaliação detalhada para excluir outras doenças.
Por norma não é necessário tratamento para o sonambulismo , é sim importante medidas de segurança que impeçam a ocorrência de acidentes, como por exemplo, afastar objetos, bloquear escadas, trancar portas.
Fonte:
– https://www.cuf.pt/saude-a-z/sonambulismo
A enfermeira
Ana Catarina Silveira