A introdução alimentar é um marco importante, este deverá ser iniciado entre os 4 e os 6 meses de idade, mas é importante avaliar a maturidade da criança, como por exemplo o segurar bem a cabeça, o interesse demonstrado pelos alimentos. Ou seja o momento ideal para a introdução dos alimentos será sempre ditado pela criança, mas é importante que se cumpra as barreiras estipuladas, pois a introdução tardia dos alimentos aumenta o risco de dificuldades na alimentação e potencia riscos nutricionais e de alergia alimentar.
É importante que seja oferecida uma ampla variedade de alimentos, com o intervalo estipulado entre os mesmos. É pretendido que experenciem o máximo possível de alimentos, texturas, aromas e sabores novos, aspeto que irá ajudar numa melhor aceitação dos alimentos no futuro.
Existem três modelos de introdução dos alimentos o tradicional, o baby-led weaning (BLW) e o misto.
No método tradicional inicia-se a introdução alimentar por texturas cremosas, como por exemplo o puré, e vai-se aumentando gradualmente as texturas acabando no método de finger foofs, ou seja, pequenos pedaços para a criança pegar e levar à boca. Já no método baby-led weaning (BLW) disponibiliza-se diversos alimentos em forma de finger foods e o bebé tem a autonomia de escolher o que quer comer e na quantidade que precisa. E por último o método misto combina ambos os métodos, havendo espaço para a realização de ambos.
Esta etapa é de extrema importância pois tem um caracter emocional e de estruturação de comportamentos para a vida, pois é um período que permite que se estabeleçam hábitos alimentares saudáveis, que se esperam que se mantenham no futuro.
De forma geral espera-se que a introdução alimentar seja iniciada pelo puré de legumes, onde se deverá aumentar gradualmente o número de legumes, a papa e a fruta natural que também poderá se inciar triturada, raspada e em pedaços.
Já aos 6 meses deverá-se introduzir as carnes brancas e o peixe na sopa. Estes são essenciais, pois são portadores de ferro.
Entre os 7 e os 8 meses pode-se introduzir as leguminosas em pequenas quantidades de demolhadas anteriormente e sem casca. Apartir dos 8 meses deve-se começar a alterar as texturas e assim facilitar a inclusão de alimentos mais sólidos, tal como oferecer arroz, massas.
Entre os 8 e os 9 meses pode-se começar a oferecer o iogurte natural, a gema do ovo, e esta deve-se aumentar de forma gradual as quantidades oferecidas.
Aos 10 meses deverá se introduzir os peixes gordos, tais como a sardinha e a cavala. Já apartir dos 10 meses poderá se oferecer a diversidade alimentar ao almoço e ao jantar, em que já deve ser oferecido a sopa e um segundo prato e assim retirar a proteina da sopa.
Apartir dos 12 meses pode-se introduzir o leite de vaca e iniciar a alimentação familiar, de salientar que deverá ser saudável, equilibrada e varida.
De salientar que deve ser evitada a introdução de sumos de fruta e bebidas açucaradas, mel, funcho e bebidas de arroz.
O momento das refeições deverá ser num ambiente calmo e de partilha. De salientar que a oferta de alimentos não deverá ser feita de forma de recompensa e/ou punição, bem como não deverão ser oferecidos momentos lúdicos às crianças (como por exemplo telas para visulaização de desenhos animados, jogos, etc.).
A Enfermeira:
Ana Catarina Silveira
Fontes:
• https://www.apn.org.pt/documentos/marcadores_e_folhetos/LIVRETO_DIVERSIFICACAO_ALIMENTAR.pdf
• https://www.cuf.pt/mais-saude/alimentacao-no-1o-ano-de-vida
• https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/alimentacao-saudavel-dos-0-aos-6-anos/
• https://www.mafaldarodriguesdealmeida.pt/2024/03/qual-e-o-melhor-metodo-de-introducao-alimentar.html